Arrecadação soma R$ 203,169 bi e tem melhor resultado para setembro
A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 203,169 bilhões em setembro de 2024, uma alta real (descontada a inflação) de 11,61% na comparação com o resultado de setembro de 2023, quando o recolhimento de tributos somou R$ 174,316 bilhões, a preços correntes. Em relação a agosto, quando o montante foi de R$ 201,6 bilhões, a arrecadação subiu 0,33%, em termos reais.
De acordo com a Receita, o resultado de setembro de 2024, em termos reais, é o melhor para o mês na série histórica, iniciada em 1995. O Fisco destacou que o resultado de setembro refletiu a melhora no desempenho da arrecadação do PIS/Cofins sobre combustíveis, a tributação dos fundos exclusivos e a atualização de bens e direitos no exterior, reflexo da lei aprovada em 2023.
Também pesaram para o resultado o desempenho dos tributos do comércio exterior, por causa do aumento de volume de importações, alíquotas médias e do avanço da taxa de câmbio.
O crescimento da contribuição previdenciária reflete o comportamento da massa salarial e do recolhimento, em setembro, dos valores diferidos de junho de 2024, umas das medidas de apoio para enfrentamento da calamidade no Rio Grande do Sul.
Nos nove meses de 2024, a arrecadação federal somou R$ 1,934 trilhão. Segundo a Receita, este também é o melhor resultado para o período na série histórica, iniciada em 1995. O montante representa um aumento real de 9,68% na comparação com os nove primeiros meses de 2023, quando a arrecadação somou R$ 1,692 trilhão.
Em relação ao acumulado do ano, a Receita destacou o crescimento da arrecadação do IRRF, em razão das alterações na tributação dos fundos, a melhora do PIS/Cofins pela retomada da tributação dos combustíveis e o desempenho do Imposto de Importação e IPI vinculado à importação, pelo aumento das alíquotas médias.
O Fisco ainda citou o recolhimento de cerca de R$ 7,4 bilhões a título de atualização de bens e direitos no exterior.
Fonte: Arrecadação soma R$ 203,169 bi e tem melhor resultado para setembro – Impostômetro
O relevante crescimento na criação de empresas de agronegócio
Levantamento realizado pelo IBPT e a plataforma de dados Empresômetro mostra um crescimento de 10,17% no número de empresas do setor de agronegócio no Brasil em 2023, na comparação com 2022. O agronegócio fechou o ano passado com 3,348 milhões de empresas. O número de produtores rurais individuais também cresceu e saltou de 5,378 milhões para 5,522 milhões. Os dados estão no estudo “Agro em números: o agronegócio está em crise: mito ou verdade?” apresentado nesta quinta-feira durante o II Fórum Agro, em São Paulo.
Respondendo por 23,8% do PIB brasileiro em 2023, o agronegócio vem enfrentando desafios em relação ao preço das commodities e perdeu participação na economia brasileira. No entanto, o valor total transacionado do agronegócio em 2023 foi 2% maior do que no ano passado e atingiu a casa dos 11,5 trilhões de reais. A soja foi o principal produto, com 1,7 trilhão de reais em movimentações e 1,2 trilhão de reais em comercializações, aumento de 2,2% em relação a 2022.
Embora o resultado de 2023 tenha sido melhor, os preços de frete prejudicaram o desempenho do setor no PIB. “Apesar do crescimento na comercialização do agronegócio, os custos foram mais elevados. Consequentemente, fez com que o PIB do agronegócio caísse em 2023”, diz Gilberto do Amaral , presidente do IBPT e sócio fundador do Empresômetro.
Em meio aos desafios do setor, o aumento no número de empresas mostra apetite por inovação no agro e a atratividade de investidores. “É uma boa notícia esse crescimento. Mas também é fruto de reorganizações societárias e também é pela inovação que sempre ocorre no agro, com a entrada de novas tecnologias, com o desenvolvimento de novos produtos”, explica o executivo.
Neste ano, o setor deve ter um resultado menor, no entanto, não deve ser acentuado, diz Amaral. “A queda no agronegócio será localizada principalmente no segmento da soja, do milho, mas haverá crescimento de proteína animal, e em outras culturas, no açúcar, no etanol”, diz. Segundo ele, o período desafiador é cíclico também. “O agro enfrenta um período desafiador, mas é um período cíclico também.
Como enfrentou anos mais recentes, anos de muito crescimento, agora está se adaptando e existem muitas oportunidades”, diz. A profissionalização é uma das oportunidades para impulsionar o agronegócios, segundo Carlos Pinto,sócio-diretor do Empresômetro e diretor do IBPT. “.Alguns setores estão sofrendo, mas não apenas por conta de uma incompatibilidade climática, mas também por uma necessidade de aproveitamento do momento para uma profissionalização dos produtores no que diz respeito à gestão, fluxo de caixa e questões financeiras”, diz.
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