Nesta semana, veículos de imprensa de todo o país repercutiram estudos e análises do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), que evidenciam o peso da carga tributária no Brasil e reforçam a necessidade de gestão fiscal eficiente em todos os setores da economia.
As reportagens destacam três temas centrais: o papel do agronegócio na arrecadação nacional, o risco de colapso fiscal entre empresas brasileiras e as projeções de arrecadação da Reforma Tributária com o novo sistema split payment.
🌾 Agronegócio paga R$ 931 bilhões em impostos — e mostra quem carrega o país nas costas
O agronegócio brasileiro arrecadou R$ 931 bilhões em 2024, o equivalente a 24,5% de todos os impostos pagos no país. Segundo o IBPT e o Empresômetro, esse montante seria suficiente para financiar o programa Bolsa Família mais de cinco vezes, reforçando o agro como um dos principais pilares fiscais e econômicos do Brasil.
O estudo, apresentado no III Fórum Agro, analisou a evolução tributária, econômica e logística do setor, além de dados sobre transporte, trabalhadores e variações regionais.
Entre 2022 e 2024, enquanto a arrecadação total do governo cresceu 13,6%, o agronegócio avançou 17,8%, com destaque para o setor industrial do agro, que cresceu 23,9% no período.
Esses números demonstram a força e a consistência do campo na sustentação fiscal do país — um em cada quatro reais arrecadados em 2024 veio diretamente do agronegócio.
📚 Fonte: Compre Rural
💼 95% das empresas brasileiras pagam mais impostos do que deveriam
O sistema tributário brasileiro é um dos mais complexos do mundo, e a falta de planejamento fiscal tem custado caro às empresas.
Segundo levantamento do IBPT, 95% das empresas no Brasil pagam mais tributos do que realmente deveriam, revelando um cenário de ineficiência fiscal generalizada.
Essa distorção decorre da burocracia excessiva, das mudanças constantes nas normas e da ausência de planejamento estratégico. A consequência é o desperdício de recursos que poderiam ser investidos em crescimento e inovação.
Para enfrentar esse desafio, o governo prorrogou o prazo de regularização fiscal com descontos de até 70% sobre débitos tributários, medida que pode representar uma virada financeira para muitas empresas.
De acordo com o advogado Eliézer Marins, CEO da Marins Consultoria, “a regularização fiscal é um passo essencial para quem deseja manter a conformidade e reduzir despesas”.
O especialista reforça ainda a importância de revisar créditos tributários, replanejar regimes e investir em tecnologia e assessoria especializada.
📚 Fonte: G1 Pernambuco
🧾 Reforma Tributária e o split payment: arrecadação de até R$ 500 bilhões por ano
Outro ponto de destaque nas notícias foi o estudo que aponta que a Reforma Tributária deve arrecadar entre R$ 400 e R$ 500 bilhões por ano, valor equivalente à sonegação fiscal atual no país.
O principal instrumento desse novo cenário é o split payment, um sistema automatizado em que os tributos são segregados no momento do pagamento e repassados diretamente ao Fisco, sem transitar pelo caixa da empresa.
De acordo com o tributarista Lucas Ribeiro, CEO da ROIT, “com o split payment, os recursos hoje sonegados irão diretamente para o caixa do governo”.
O mecanismo promete reduzir a inadimplência e combater a evasão fiscal, mas também exigirá adaptações tecnológicas e operacionais profundas por parte das empresas.
A previsão é que o sistema entre em vigor em 1º de janeiro de 2027, embora especialistas considerem que sua implementação completa possa ocorrer apenas em 2028, devido à complexidade técnica envolvida.
📚 Fonte: Correio dos Municípios
💡 Conclusão: eficiência fiscal e inteligência tributária como diferenciais competitivos
Os dados reforçam o papel do IBPT como fonte de inteligência tributária e referência nacional em estudos sobre a carga tributária e seus impactos econômicos.
Mais do que números, os levantamentos mostram que a eficiência fiscal é um fator determinante para a sustentabilidade dos negócios e o equilíbrio das contas públicas.
Empresas que investem em planejamento tributário, tecnologia e conformidade estão mais preparadas para enfrentar o novo cenário que se desenha com a Reforma Tributária.
O IBPT segue comprometido em produzir estudos, análises e indicadores que orientam o setor público e privado na busca por um sistema tributário mais justo, transparente e eficiente.