Saiu Na Mídia – 18/11 a 26/11

Agro brasileiro comercializou R$ 7,56 trilhões em 2023, revela estudo do Empresômetro

As empresas do agronegócio e os produtores rurais brasileiros movimentaram R$ 7,56 trilhões em 2023, o que representa 32,31% das operações de compra e venda registradas no país. Os dados são de um estudo inédito divulgado nesta sexta-feira, 1º, pelo Empresômetro, uma spin-off do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).

A análise, que levou seis meses para ser concluída e se baseou em notas fiscais eletrônicas com CNAE (Classificação Nacional de Atividade Econômica) diretamente relacionadas ao setor agro, teve como objetivo mapear e entender cada segmento do setor. No levantamento, o Empresômetro analisou dois tipos de valor:

O valor transacionado pelo agronegócio atingiu R$ 11,53 trilhões — o equivalente a 32,59% do total de operações no Brasil em 2023, que somaram R$ 34,29 trilhões.

soja ilustra esse tipo de transação: o grão é vendido pelo produtor à cooperativa, depois para a trading e, por fim, exportado para a China, o principal destino da commodity brasileira. Cada etapa envolve uma nova operação de venda, somando valor transacionado ao total.

O processo faz o valor do produto ser contabilizado em diversas etapas, mas o valor comercializado refere-se apenas à compra e venda inicial, evitando duplicidade nos cálculos do Empresômetro.

Os 10 maiores grupos de comercialização

O estudo do Empresômetro também agrupou os registros das notas fiscais em 26 categorias do agronegócio. As 10 com maior participação no valor comercializado foram soja (15,32%), insumos (12,51%), máquinas e equipamentos (7,73%), carnes (7,18%), alimentação humana (6,92%), bebidas (5,34%), milho (4,18%), animais vivos (4,15%), álcool (3,85%) e combustível (3,40%).

Somente a soja teve um valor transacionado de R$ 1,76 trilhão em 2023. Já o total comercializado chegou a R$ 1,31 trilhão.

A definição do que integra o agro considerou tanto a produção agropecuária “da porteira para dentro” quanto outras partes da cadeia, como indústria de transformação, insumos e serviços. As bebidas foram incluídas como um ramo do agronegócio por conterem matéria-prima de origem vegetal – cerveja, vinho e cachaça, por exemplo, têm origem em cevada, uva e cana-de-açúcar. O mesmo critério se aplicou aos biocombustíveis, como etanol e biodiesel.

A pesquisa estimou que o Produto Interno Bruto (PIB) do agro foi de R$ 2,58 trilhões em 2023, representando 23,08% do total do país (R$ 9,91 trilhões).

O levantamento também apontou que o agro correspondeu a 24,73% da arrecadação tributária do Brasil no ano passado, somando R$ 897,46 bilhões de um total de R$ 3,62 trilhões. O setor primário respondeu por 18,45% do valor total de tributos – menor em comparação com os setores secundário (49,17%) e terciário (32,38%).

Os setores da economia organizam as atividades econômicas e produtivas da sociedade em três grandes áreas: o setor primário, que abrange a agricultura, pecuária e extrativismo; o setor secundário, que compreende as atividades industriais de transformação; e o setor terciário, que inclui os serviços — formais ou informais — e as atividades comerciais em diversas áreas.

O perfil das empresas do agro

O levantamento indica que existem 25.050.284 empresas no Brasil. Dessas, 3.348.138 pertencem ao setor do agronegócio, o que representa 13,37% do total. As empresas foram categorizadas conforme seu porte:

  • Microempreendedor Individual (MEI): com faturamento de até R$ 100 mil;
  • Microempresa: de R$ 100 mil a R$ 3,8 milhões;
  • Pequena empresa: de R$ 3,8 milhões a R$ 10 milhões;
  • Média empresa: entre R$ 10 milhões e R$ 100 milhões;
  • Grande empresa: acima de R$ 100 milhões.

Segundo o Empresômetro, a maioria das empresas do agronegócio são MEIs, com um total de 1.415.546 empresas, ou seja, 42,28% do setor – o número reflete um crescimento de 13,8% em relação a 2022. Ainda há 1.137.647 pequenas empresas (33,98%), o que representa alta de 7,1% em comparação ao levantamento anterior, 749.616 microempresas (22,39%), 37.932 empresas médias (1,13%) e 7.397 grandes empresas (0,22%).

Grande parte dos estabelecimentos de agronegócio está localizada em São Paulo (39,89%), somando 1.335.629 empresas. Na sequência, aparecem os estados de Minas Gerais (9,17%), Rio de Janeiro (6,13%), Paraná (5,63%) e Rio Grande do Sul (5,31%). Estes cinco estados concentram 66,13% das empresas do agronegócio no Brasil.

O perfil dos produtores

O levantamento do Empresômetro contabilizou 5.522.384 produtores rurais no Brasil, dos quais 3.916.486 são pessoas físicas, representando 70,93% do total. A maioria dos produtores registrados com CPF reside no Nordeste (46,01% ou 1.802.120). As demais regiões concentram:

  • 748.781 produtores no Sudeste (19,12%);
  • 644.227 no Sul (16,45%);
  • 451.274 no Norte (11,52%);
  • 270.192 no Centro-Oeste (6,90%).

Para mapear os produtores rurais pessoas físicas, os dados foram verificados por meio do cruzamento de notas fiscais eletrônicas com cadastros oficiais, como do Incra e registros estaduais. Como o estudo considerou apenas as transações com nota fiscal eletrônica, foi possível excluir gastos pessoais ou sem relação com atividades rurais.

A pesquisa mostrou também que os cinco estados com o maior número de produtores rurais são:

  • Bahia: 608.907 produtores (15,55% do total);
  • Minas Gerais: 449.867 (11,49%);
  • Ceará: 302.799 (7,73%);
  • Rio Grande do Sul: 272.059 (6,95%);
  • Paraná: 227.848 (5,82%).

Fonte: Agro brasileiro comercializou R$ 7,56 trilhões em 2023, revela estudo do Empresômetro | Exame

Sistemas de gestão inteligente melhoram a eficiência no varejo de moda no Brasil

Os sistemas de gestão inteligentes estão transformando o varejo de moda no Brasil, melhorando a eficiência e a rentabilidade. Eles ajudam a enfrentar desafios como a complexidade fiscal e a gestão de estoques, utilizando inteligência artificial para detectar erros e otimizar processos, resultando em custos reduzidos e margens de lucro aumentadas

O setor de moda brasileiro enfrenta desafios complexos, especialmente em relação à legislação fiscal e à gestão de estoques. Para lidar com essas dificuldades, marcas de varejo estão investindo em sistemas de gestão que automatizam processos e ajudam no cumprimento das exigências fiscais. A tecnologia tem se tornado uma aliada essencial para empresas do setor, proporcionando redução de custos operacionais e eficiência tanto em lojas físicas quanto no e-commerce.

As marcas de moda estão adotando sistemas de gestão que identificam inconsistências fiscais, otimizam estoques e integram canais de venda, o que melhora a eficiência das operações. Dados do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) revelam que as empresas no Brasil gastam cerca de 1.958 horas anuais com obrigações tributárias, um fator que aumenta o risco de falhas de compliance e gera custos de aproximadamente R$ 60 bilhões por ano — equivalente a 1,5% do PIB. Em contraste, na Bolívia, as empresas dedicam cerca de 1.025 horas anuais às obrigações fiscais, evidenciando as dificuldades adicionais enfrentadas no Brasil.

A adoção de sistemas de gestão específicos pode aliviar esses encargos operacionais e fiscais, ao identificar inconsistências e alertar gestores em tempo real, o que possibilita ajustes rápidos. “Com a crescente complexidade do sistema fiscal brasileiro, é fundamental que as empresas adotem tecnologias avançadas que otimizem o processo de identificação de erros e inconformidades, sejam elas de ordem fiscal ou na gestão de estoque. Isso garante mais segurança e eficiência para as empresas”, explica João Busin, especialista em software de gestão para o varejo.

Gestão de estoques e eficiência operacional

No varejo de moda, a gestão de estoques é fundamental. A volatilidade do setor exige dos empresários uma visão detalhada sobre os produtos disponíveis, tanto nas lojas físicas quanto no e-commerce. A tecnologia, incluindo o uso de inteligência artificial (IA), permite a identificação de itens parados ou com baixa rotatividade, facilitando a tomada de decisão para promoções ou reabastecimento. Segundo a consultoria McKinsey, empresas que utilizam sistemas de gestão inteligente conseguem reduzir em até 20% a necessidade de capital de giro, graças ao melhor ajuste entre oferta e demanda.

A automação de processos repetitivos, como a gestão de pedidos de compras e vendas e o rastreamento de inventário, contribui para uma resposta mais ágil às mudanças do mercado. Essa capacidade de prever demandas e ajustar o estoque é essencial para os lojistas, ajudando a evitar excessos e faltas de produtos.

Integração entre lojas físicas e e-commerce

Com o crescimento do e-commerce, que movimentou bilhões de reais no Brasil em 2023, as empresas de moda precisam unificar e gerenciar as vendas em múltiplos canais eficientemente. A sincronização entre estoques de lojas físicas e plataformas on-line tornou-se essencial para garantir que os clientes tenham uma experiência de compra integrada e satisfatória. Sistemas de gestão que utilizam inteligência artificial facilitam essa integração, permitindo uma visão centralizada das operações e evitando descompassos entre vendas on-line e off-line.

Essa eficiência operacional se traduz em menor necessidade de capital de giro e maior capacidade de resposta às mudanças do mercado. O uso de sistemas em nuvem permite que os lojistas tenham acesso rápido e seguro às informações de estoque, garantindo maior agilidade nas operações.

Sistemas de gestão para o varejo de moda no Brasil

A escolha do software de gestão ideal para o setor de moda exige atenção às funcionalidades específicas que atendam às demandas deste mercado. “Um sistema de gestão eficaz deve incorporar inteligência para detectar inconsistências fiscais e de estoque, permitindo que as empresas se adaptem à complexidade da legislação brasileira. Além disso, soluções em nuvem são fundamentais para garantir a segurança e acessibilidade dos documentos fiscais, promovendo uma gestão mais ágil e protegida”, afirma João Busin, especialista em gestão de lojas de roupas.

Fonte: Sistemas de gestão inteligente melhoram a eficiência no varejo de moda no Brasil –

Consequências da Reforma Tributária para o setor supermercadista; entenda os desafios segundo IBPT

Para a elaboração do presente artigo efetuamos uma pesquisa geral em publicações constantes no mundo eletrônico, principalmente em matéria do jornalista Anderson Mello, do site Tax Group, sobre o referido assunto, o que nos ajudou a embasar a ideia, os conceitos e a conclusão aqui descritos.

Com a aprovação da Reforma Tributária no Brasil, o setor supermercadista enfrenta uma série de mudanças significativas, especialmente em relação à tributação de produtos essenciais. Essa Reforma altera os tributos incidentes sobre os itens da cesta básica nacional, cria novas categorias de isenção e redução de alíquota e introduz o Imposto Seletivo, voltado para produtos considerados nocivos à saúde ou ao meio ambiente. A seguir, detalhamos os principais pontos de impacto para o setor e os desafios que surgem com as novas regras.

Nova estrutura tributária, IVA Dual e alíquota média: a Reforma institui o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) Dual, composto pelo IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), gerido por estados e municípios, e pela CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), de competência federal. A alíquota média do IVA deve variar entre 26,5% e 27,97%, com um impacto amplo na cadeia supermercadista e uma possível elevação dos custos repassados ao consumidor. Dessa forma, as empresas supermercadistas precisam adaptar suas operações para lidar com as mudanças na tributação e repensar estratégias para manter a competitividade e a acessibilidade dos produtos.

Cesta básica nacional, com alíquotas zero e reduzidas: na tentativa de minimizar o impacto no custo de vida, a Reforma estabelece isenção total de impostos para itens da cesta básica e uma redução de 60% na alíquota padrão para produtos específicos. Essa mudança é particularmente relevante para alimentos essenciais, como arroz, leite, feijão e frutas, que terão suas alíquotas zeradas, e para proteínas animais, como carnes bovina, suína e de aves, que contarão com uma tributação reduzida. Atualmente, esses itens têm uma tributação média de 8%, que será eliminada para itens essenciais, enquanto a “cesta estendida” terá um cashback (retorno de parte do valor da tributação no consumo para a população mais pobre), permitindo tributos reduzidos, especialmente para os consumidores de baixa renda.

Produtos isentos e com alíquota reduzida: a Reforma também inclui uma lista de produtos essenciais que terão isenção completa de impostos no setor atacadista e supermercadista. Os itens isentos abrangem alimentos como arroz, feijão, manteiga, frutas e farinha. Já produtos como carnes e derivados, massas e sucos naturais terão uma redução de 60% na alíquota padrão, o que deverá garantir preços mais acessíveis ao consumidor.

Lista de produtos isentos: arroz, leite, feijões, frutas, manteiga, margarina e ovos. E sobre os produtos com redução de 60% são as carnes, peixes, queijo, leite fermentado, mel, óleos vegetais e sucos naturais.

Fonte: Consequências da Reforma Tributária para o setor supermercadista; entenda os… – Notícias Agrícolas

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Sobre o IBPT

Os estudos do IBPT são referências no mercado e visam identificar a carga tributária dos diversos setores da economia brasileira ou de uma empresa, especificamente. Eles fornecem um diagnóstico da tributação que incide sobre determinadas atividades, com dados suficientes para implementar uma gestão tributária e aumentar a competitividade. Realizamos pesquisas corporativas e de setores específicos para reduzir o peso dos tributos por meio de uma gestão tributária eficiente.

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